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Como será a comunicação sem telas? Com a Internet das Coisas

Em painel com líderes da Amazon e Microsoft, a discussão foi sobre como as novas tecnologias conectadas vão roubar o protagonismo do celular


15 de setembro de 2017 - 9h14

Desde a TV, temos uma tela entre nós e a comunicação das marcas. Aí, vieram os computadores e, depois, os smartphones, para desaguarmos num sem fim de telas inteligentes, dos games aos aparelhos de televisão conectados. No ponto alto de tudo isso, evidentemente, os celulares móveis, a tela mais querida de todos entre todos os bilhões de habitantes do Planeta.

Agora, imagine a comunicação sem telas no meio. Essa foi a proposta (entrega meia bomba, é verdade), do painel “Sound & Motion: Branding without Screens”.

Dele participaram Dan Wright, Head os International for Advertising da Amazon; Adrian Cuter, Global Agency Director da Microsoft; e Shenda Lougnane, da iProspect.

A Shenda estava lá, mas não foi. Não disse nada que manifestasse sua presença.

Já o Dan e o Adrian entregaram o que foram para entregar, que fundamentalmente é a mensagem de que cada uma das suas duas empresas têm soluções de Internet das Coisas, que interagem com as pessoas sem a intermediação de uma tela, mas por comandos de voz.

No caso da Amazon, estamos falando da Alexa, e no caso da Microsoft, estamos falando da Cortana.

Ambas as empresas tratam suas soluções como aparelhos de “personal assistance”. Ou seja, para atender a comandos de seus usuários e lhes ajudar no que precisem.

Acho que essa visão vai se expandir para ser muito mais do que isso, mas eles fabricaram a tecnologia, vamos respeitar o que eles certamente sabem e eu nem tenho ideia.

Para nós, hoje, essas são tecnologias ainda distantes, porque não estão no nosso dia a dia como o mobile está.

Mas o ponto não é esse. O ponto é que elas estarão em nossas vidas em menos tempo do que imaginamos e, acredite, roubarão, mas roubarão muuuuuito, o protagonismo dos smartphones. Por isso a proposta do painel é legal… nossa vida em que as telas deixam de ser protagoinistas.

Seu marketing está preparado para isso? Você nem entendeu direito o que é “mobile first” e o mundo lhe prega essa peça, colocando touch points de comunicação em todas as coisas? Tudo ativável sem tela, mas por voz?

O painel foi claro quanto a sua própria ignorância: ninguém sabe ainda como de fato usar a bagaça para ativar conversações, envolver os usuários/consumidores, criar relacionamentos, manter conversações, e, no meio, disso, colocar (com muito carinho) as marcas.

O que já está claro, alertam Dan e Adrian, é que tudo será construído respeitando o básico: o que o usuário/consumidor achar legal, manda. Não existem fórmulas prontas, está todo mundo aprendendo, e o principal professor é quem paga a conta de tudo.

Dan, da Amazon, diz o seguinte: “Vivemos um momento rico em possibilidades para a criatividade da comunicação e do marketing. Cabe a essas áreas criar as possibilidades de uso e aplicação da tecnologia de interação via voz na Internet das Coisas. É um campo aberto. O objetivo da Amazon nessa área, como tudo que a companhia faz, é melhorar a vida dos nossos usuários e clientes. Não vamos nunca falar aqui de publicidade tradicional, com mensagens clássicas. Estamos falando de aparelhos que estarão na casa e nas vidas das pessoas permanentemente conectados com elas, de um lado, e com a internet, de outro. Caberá a todos nós imaginar como fazer isso da melhor forma para as marcas”.

Já Adrian, da Microsoft, lembrou que uma tendência que parece ser emergente de cara é que há espaço para criação de conteúdos e serviços nesses ambientes. E que seria por essa porta a entrada mais adequada para as marcas. Criar contexto antes, dar o malho depois.

Esperto o Adrian.

O mundo da Internet das Coisas vai ser mais transformador do que foi a internet em nossas vidas. O fato de no DMEXCO (não só nessa palestra, mas em todas as em que o tema Internet das Coisas esteve presente, e foram algumas …) não termos claras respostas para perguntas básicas como … “ e as marcas, participam de que forma?” … não é, na verdade, um problema. É mera contingência de um ecossistema ainda nem existente.

Para os desanimados isso é, tipo … “que merda, ninguém sabe nada!”. Para quem vê um pouquinho mais além, isso é, tipo … “ôba, vou criar soluções geniais que ainda não existem!”.

Copo meio cheio, ou meio vazio. Você escolhe.

Foto: Reprodução

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