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Car as a Service: carros viram plataformas de serviços móveis

Representantes do IAB, Microsoft e BMW falaram sobre como os carros serão plataformas móveis de conteúdos, serviços e comunicação


15 de setembro de 2017 - 8h45

No painel conduzido por Randall Rothenberg, Presidente do IAB, com a presença de Dieter May, Senior VP de produtos digitais da BMW e de Rik van der Kooi, Corporate VP da Microsoft, o assunto foi como os carros se transformarão em plataformas móveis de conteúdos, serviços e comunicação, com públicos sendo conectados enquanto estão em movimento. Para as marcas, uma oportunidade única e nova de ocupar um espaço ainda inédito na história. Tudo isso, resumindo, cabe na expressão … car as a service.

O carro como um serviço é um conceito que engloba todas essas possibilidades. Adicionalmente, como destacou Kooi, tudo estará conectado na nuvem, sendo a nuvem uma instância global, acessável de qualquer lugar do mundo. O uso dessa onipresença gobal torna tudo que possa vir a acontecer dentro dos carros uma possibilidade internacional, conectada em rede.

Imaginemos a própria BMW como exemplo. Seus carros podem estar integrados em todo o mundo, usando para isso a infra-estrutura da internet e da nuvem (seja da Microsoft ou da Amazon, não importa, a infra está lá já hoje), e ativar o que for possível para as famílias e os motoristas dentro de seus carros. Adicionalmente, com a possibilidade de personalização e geolocalização, já que estamos falando de dados conhecidos dos compradores de carros. Portanto, mensagens e serviços poderão ser dirigidos um a um.

Como destacou Rik van der Kooi, puxando a atenção para o produto de voz de sua companhia, o Cortana, através do uso da voz será possível solicitar serviços, localizações, rotas, e até conteúdo para entretenimento, já que nos carros conectados será possível assistir a Netflix ou ouvir sua playlist do Spotfy.

Isso, aliás, já é possível em vários modelos da BMW, como explicou Dieter May. “Temos já conexão com vários serviços de entretenimento, inclusive o Skype. Entendemos o carro como um companheiro de seus usuários a partir de agora. O carro pode literalmente conversar com seus usuários, e cada vez mais aprender com eles. Cada interação dos usuários com o carro, mais ele aprende, em função das habilidades de machine learning que estão lá no software embarcado do automóvel. Além disso, se os donos venderem seu automóvel, os dados de perfil dos usuários estarão na nuvem e migrarão com eles para o próximo modelo dentro do ecossistema da BMW”.

Para a indústria automotiva, diante de tantas possibilidades, um dos grandes desafios é encurtar o tempo de concepção e produção de suas unidades, hoje na média um período de 2 ou até 3 anos.

Dieter comenta que os softwares podem ser atualizados em tempo real, permanentemente, mas que a parte física do automóvel demora evidentemente muito mais do que isso para ser atualizada a cada lançamento: “Nosso desafio na BMW é deixar de falar em anos e passar a falar em meses para a introdução de cada novo modelo”, comenta.

Ou seja, a tecnologia digital passa a pressionar a tecnologia industrial clássica de forma inédita.

Em breve, teremos novos modelos a cada seis meses ou menos, totalmente integrados com a web e uma série ainda inimaginável de serviços e utilidades a nossa disposição. E nem falamos aqui dos carros autônomos. Mas essa é outra história.

Foto: Reprodução

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